Os americanos são acusados de manter suspeitos em prisões flutuantes. Nesta semana o jornal inglês The Guardian publicou reportagens de Duncan Campbell e Richard Norton sobre a presença dos Estados Unidos em território britânico operando “prisões flutuantes” para abrigar os prisioneiros da “guerra contra o terror”. As fontes incluem testemunhos de prisioneiros, relatos do exército, do Conselho da Europa e de parlamentares.
Detalhes sobre embarcações onde suspeitos de terrorismo são mantidos aprisionados e locais secretos supostamente utilizados pela CIA surgem no momento em que se intensificam os debates em países europeus acerca das prisões sem julgamento em diversos lugares do mundo.
Análises da organização de Direitos Humanos Reprieve UK (http://www.reprieve.org.uk) apontam que as “prisões flutuantes” são operadas desde 2001, como os navios USS Bataan e USS Peleliu, além de outros 15 situados no território britânico de Diego Garcia, no Oceano Índico. Segundo o diretor jurídico da Reprieve, Clive Stafford Smith, o Estado americano atualmente detém pelo menos 26 mil pessoas sem julgamento em prisões secretas. Informações sugerem que mais de 80 mil ingressaram no sistema desde 2001.
O membro do partido conservador, Andrew Tyrie, exigiu em sessão extraordinária no parlamento de Westminster o fim da manutenção dos prisioneiros por parte dos EUA e Reino Unido.
De acordo com investigações realizadas pela organização as prisões secretas da CIA também funcionariam na Tailândia, Afeganistão, Polônia e Romênia. Muitos prisioneiros são detidos sem julgamento e alegam ser torturados em prisões secretas de países como Síria, Jordânia, Marrocos e Egito.
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