segunda-feira, 31 de março de 2008

Histórico do Zimbábue após a independência

Informações são da EFE
18 de abril de 1980: O Zimbábue conquista sua independência do Reino Unido através dos acordos de Lancaster House, assinados em Londres pelos líderes da guerrilha independentista e o Governo de Ian Smith.

Nas eleições de 4 de março de 1980, Robert Mugabe se transforma em primeiro-ministro e seu partido conquista a maioria do Parlamento.

1982-1985: Setores favoráveis ao ex-líder guerrilheiro Joshua Nkomo iniciam uma rebelião contra Mugabe. Nkomo foi membro do Governo de Mugabe.

1987:
- Dezembro: O partido de Mugabe, a União Nacional Africana do Zimbábue (Zanu, em inglês), e a União Popular Africana do Zimbábue (Zapu) assinam um cessar-fogo e decidem se unir. Em 22 de dezembro de 1988 firmam o pacto para a criação do partido conjunto, o União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF).
- 31 de dezembro: Uma reforma da Constituição cria uma Presidência executiva. Mugabe se torna o novo presidente e assume as funções de primeiro-ministro.

1999:
- Surgem os primeiros sinais de crise econômica e oposição à intervenção do Zimbábue na guerra do antigo Zaire.
- Criado o Movimento para Mudança Democrática (MDC), liderado por Morgan Tsvangirai e que se transforma na principal força política da oposição à Mugabe.

2000:

- 24 de junho: Nas eleições legislativas, o partido de Mugabe obtém 62 das 120 cadeiras que estavam em disputa, enquanto o recém criado MDC alcança 57. A União Européia (UE) não assegura a legalidade da eleição e o Reino Unido afirma que a votação foi manipulada.
- 1º de agosto: O Governo anuncia que vai expropriar 3.041 fazendas em poder de proprietários brancos, sem compensação econômica, com a intenção de entregá-las a meio milhão de camponeses negros sem-terra. As fazendas desapropriadas representam dois terços do total do país.

2002:

- 18 de fevereiro: A UE impõe sanções contra o Zimbábue e decide retirar seus observadores eleitorais para o pleito de março, após a expulsão do chefe da missão européia encarregada de supervisionar a votação.
- 25 de fevereiro: Tsvangirai é acusado de "alta traição" por estar supostamente envolvido em um complô para matar Mugabe.
- 9 de março: Mugabe é reeleito em um pleito contestado por observadores internacionais. A oposição assegura que houve fraude. A Commonwealth decide suspender a participação do Zimbábue na organização que reúne as ex-colônias britânicas.

2003:
- 2 de junho: Tsvangirai é acusado de traição e detido, em meio a uma onda de protestos. Ele paga uma fiança e é libertado em 20 de junho.
- 7 de dezembro: O Zimbábue anuncia que se retira da Commonwealth.
2004:
- 15 de outubro: Tsvangirai é absolvido das acusações de tentativa de assassinato de Mugabe. No entanto, ele não é julgado da acusação de traição.

2005:
- 31 de março:
O Zanu-PF ganha os dois terços das cadeiras nas eleições parlamentares. O MDC denuncia que houve uma "fraude em massa" na votação.
- 2 de abril: Em entrevista coletiva, Mugabe anuncia que deixará o poder quando completar 100 anos.
- 19 de maio: Começa uma campanha em massa para despejar as casas e assentamentos irregulares. Cerca de 700 mil pessoas ficam sem lar, segundo dados da ONU.
- 2 de agosto: As acusações que estavam pendentes contra Tsvangirai são retiradas.

2006:

- 12 de junho: É anunciada assinatura de um acordo entre o Zimbábue e a China que terá um investimento de US$ 1,3 bilhão para construir centrais térmicas no país africano. Isolado pelo Ocidente, Mugabe decide estreitar seus laços com o Oriente.

2007:
- 29 de março: Líderes regionais encarregam o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, de negociar com o Governo e a oposição do Zimbábue uma saída para a crise.
- 20 de setembro: É aprovada uma reforma constitucional que, entre outras coisas, afeta a nomeação de um sucessor de Mugabe caso ele deixe o poder.
- 13 de dezembro: O Zanu-PF escolhe Mugabe como candidato presidencial para as eleições de 29 de março de 2008.

2008:
- 25 de janeiro:
São convocadas eleições para 29 de março, apesar de a oposição ter pedido um adiamento, que é rejeitado por Mugabe.

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