
- No último sábado, 3 de maio, completou-se um ano do desaparecimento da
menina britânica Madeleine McCann, 4 anos. Muito a mídia noticiou sobre "o caso Mad", diariamente, mas não ajudou em nada todo o alarde...a pobre menina não retornou aos braços dos pais, para o alívio dos telespectadores aflitos.
- Mais próximo de nós, no Rio, João Hélio de 6 anos, em meio a um assalto sofrido por sua família, ficou preso ao cinto de segurança do carro e foi arrastado durante a fuga dos ladrões por mais de sete quilômetros.
- O caso mais quente é o de Isabella Nardoni, 5 anos. Tendo por principais acusados de sua morte o pai e a madrasta, Isabella teria sido esganada pela madrasta, até perder os sentidos. O pai, tentando simular uma invasão ao apartamento em que moram, querendo justificar assim que alguém tenha invadido o local e matado a garota, jogou-a pela janela. Ela foi encontrada morta no pátio do condomínio. Hoje, dia 07 de maioTanto o caso de Isabella quanto o de Madeleine foram casos de família, fatos sem influência na vida das pessoas. Em que afetaria a morte ou o desaparecimento de uma menina em minha vida?
De nada me interressa ou me afeta. Mesmo assim essas situações foram noticiadas, de forma repetitiva e cansativa a expectadores, leitores e ouvintes. Isso se deve ao fato de, mesmo sendo fatos irrelevantes, as pessoas parecem interessar-se por esses assuntos mórbidos, mostrando-se caridosas e sensíveis às crianças, pondo-se no lugar dos afetados. Muitas mães apareceram chorando, comovidas com a situação. Outros foram oportunistas, querendo se promover no dia da reconstituição do crime.
Hoje uma multidão aguardava o resultado do mandado de prisão do casal Nardoni em frente a delegacia em que se encontravam. Pra quê? Pura curiosidade. Se estivessemos na Idade Média essas pessoas teriam sido queimadas na fogueira.
De nada me interressa ou me afeta. Mesmo assim essas situações foram noticiadas, de forma repetitiva e cansativa a expectadores, leitores e ouvintes. Isso se deve ao fato de, mesmo sendo fatos irrelevantes, as pessoas parecem interessar-se por esses assuntos mórbidos, mostrando-se caridosas e sensíveis às crianças, pondo-se no lugar dos afetados. Muitas mães apareceram chorando, comovidas com a situação. Outros foram oportunistas, querendo se promover no dia da reconstituição do crime.
Hoje uma multidão aguardava o resultado do mandado de prisão do casal Nardoni em frente a delegacia em que se encontravam. Pra quê? Pura curiosidade. Se estivessemos na Idade Média essas pessoas teriam sido queimadas na fogueira.
O único caso que mereceu atenção foi o da morte de João Hélio, pois nele está uma questão de segurança pública. Essa sim, de importância a toda a sociedade, já que assaltos ocorrem diariamente a milhares de pessoas no país.
Enfim, isso é um protesto ao oportunismo da mídia para aumentar audiência com assuntos irrelevantes. Mas agora está perto do fim o julgamento dos Nardoni e espero não ver tão cedo tamanho sensacionalismo relacionado a outro crime.
Um comentário:
o pior é ter plena certeza que veremos sim mais casos semelhantes sendo explorados pela mídia, as pessoas debatendo tais assuntos em filas, restaurantes, salas de espera de médico, os rechaçando, lamentado e/ou condenando, mas seguindo a vida normalmente.
Parece que a mídia tomou pra si aquele papel de distrair e envolver as pessoas dentro do que foi intitulado política do pão e circo na Roma antiga.
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