segunda-feira, 23 de junho de 2008

Rumo ao cartel

Na tentativa de se tornar um membro da Opep, o Brasil, representado pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, participou de conferência convocada pela Arábia Saudita, neste domingo, que reuniu 35 países, 25 companhias e sete organizações internacionais.

Com o descobrimento da existência de uma gigantesca reserva de petróleo numa região que vai do Espírito Santo ao Norte de Santa Catarina, agorasendo considerado um produtor do "ouro negro", o país está buscando tornar-se um membro da Organização dos países produtores de petróleo. Fazer parte do grupo conferiria um certo prestígio à federação e, talvez, um grau maior de respeito econômico por parte das outras nações.

Mas a produção brasileira de petróleo ainda não alcançou alguns números e exigências. Para tornar-se membro deve atingir 2,3 milhões de barris diários em 2009 - 500 mil barris acimado nível médio atual. E ainda:

1. Cumprir exigência técnica Embora o ministro Edison Lobão tenha reiterado a intenção do Brasil de se tornar membro da Opep, isso só poderá ser feito quando o país se tornar exportador líquido de petróleo - isto é, vender ao Exterior mais do que compra. Essa é uma condição técnica para integrar o cartel que o Brasil ainda não cumpre. Apesar da anunciada auto-suficiência, é preciso comprar petróleo do tipo leve no Exterior porque boa parte da produção nacional ainda é de óleo pesado. Não há previsão exata do tempo necessário para atender essa exigência.

2. Tomar decisão política Integrar o cartel significa prestígio, poder político e econômico, mas grandes produtores - como Rússia, Estados Unidos e México, por exemplo - não estão na organização. Um dos motivos é o fato de o cartel estabelecer cotas de produção, enquanto o Brasil tem interesse em desenvolver rapidamente suas reservas.

Bem...o Brasil ganha influência entrando para a Opep, mas perde na questão de independência, um avez que terá de obedecer certas regras impostas pela organização.


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